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Essa pergunta-poesia foi o mote para criação de novas ações formativas e  poéticas do Coletivo Transverso em 2021. Em plena pandemia e sem vacina para todxs, entendemos que NÃO promover atividades nas ruas era um ato de resistência política e que tínhamos que adaptar nosso fazer e metodologia. Mas como trabalhar a Arte Urbana sem estar na Rua?

Quantas cidades tenho em mim? são escritas poéticas sobre a cidade. Não apenas Brasília, Ceilândia ou São Paulo. Mas as diversas cidades possíveis que nos habitam. A dramaturgia desenvolvida traz também no seu cerne a saudade latente da presença no concreto. De um tempo anterior ao golpe, de um futuro que parou no meio.

Através de oficinas – em formato online - nos encontramos com trinta e nove habitantes de uma rua improvisada e virtual. Cada um na sua tela, no seu quadrado, na sua cidade. Através de jogos teatrais e exercícios de escrita criativa, desenvolvemos coletivamente um site galeria, publicações e vídeos poemas.

Tivemos a parceria do grupo Mesa de Luz para criar em conjunto todas as atividades desse projeto. Também continuamos a pesquisa em intervenções luminosas e construímos uma nova versão mais potente da Bazuca Poética com tutorial que permite sua reprodução para entusiastas.

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